terça-feira, 20 de setembro de 2011

* COMO NASCEM OS SAPOS

* REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WOEHL JR., Germano & WOEHL, Elza N. Perereca Protetora da Mata Atlântica sob Ameaça. Ciência Hoje, 28 (164): p.72-74, 2000.

SEBBEN, Antonio; SCHWARTZ, Carlos Alberto e CRUZ, Jader dos Santos. A Defesa Química dos Anfíbios. Ciência Hoje, 15 (87), p. 25-32, Janeiro/Fevereiro, 1993.
http://www.ra-bugio.org.br/anfibios


Bergallo, H.G., C.F.D. Rocha, M.A.S. Alves & M. Sluys (eds.). 2000a. A fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio de Janeiro. EdUERJ, Rio de Janeiro.
Bernardes, A.T., A.B.M. Machado & A.B. Rylands. 1990. Fauna brasileira ameaçada de extinção. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte, Brasil.

SEMA (Secretaria de Estado do Meio Ambiente). 1995. Lista vermelha de animais ameaçados de extinção no estado do Paraná. SEMA, Deutsche Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit - GTZ, Curitiba, Brasil.

SMA (Secretaria de Estado do Meio Ambiente). 1998. Fauna ameaçada no estado de São Paulo. Centro de Editoração, SMA, Série Documentos Ambientais, São Paulo.

* BIOINDICADORES

Muitos anfíbios são considerados bioindicadores, pois sua pele permeável e o ciclo de vida em ambiente aquático e terrestre são características que os tornam suscetíveis a alterações no ambiente. “A sensibilidade de algumas espécies permite dizer que o ambiente não vai bem quando eles deveriam estar presentes e não estão. Mesmo em áreas em que o ambiente está aparentemente preservado, o desaparecimento de espécies de anfíbios nos diz que existe um problema. A crise é um importante alerta”

* DIVERSIDADE

A diversidade de anuros (popularmente conhecidos como sapos, rãs e pererecas) no mundo ultrapassa 5.600 espécies, e o Brasil é considerado atualmente o país que inclui a maior diversidade, abrigando 849 delas. “Estar no topo desse ranking é motivo de orgulho para nós, mas exige muita responsabilidade. Quase 500 das espécies que vivem no país são endêmicas (exclusivas do Brasil). Isso significa que, se alguma delas for extinta, o mundo todo perde parte de sua diversidade”


os anuros são um dos grupos de animais mais ameaçados de extinção no mundo – cerca de 30% deles correm risco de desaparecer nos próximos anos – e que desde 1980, 35 espécies já foram extintas na natureza. “Por apresentarem pele fina e permeável e, na maioria dos casos, fase larval que vive em ambiente aquático, esses animais são muito sensíveis a alterações tanto do ambiente aquático como do solo e do ar”


Como as áreas naturais estarem cada vez menores, mais alteradas e mais isoladas entre si, muitas espécies deixam de encontrar no ambiente as condições necessárias para sobreviver. “Uma espécie de perereca que deposita ovos nas axilas de bromélias depende dessas para reproduzir. Se as bromélias desaparecerem, não haverá reprodução e a população deixará de existir”


O estudo ainda mostra os perigos da radiação ultravioleta – que nos anuros atinge os ovos e embriões, prejudicando o desenvolvimento, gerando anomalias e causando problemas no sistema imunológico.


Os anfíbios brasileiros, especialmente as cecílias e salamandras, são pouco conhecidos. Existem poucas informações a respeito de sua distribuição geográfica, história natural, história de vida ou ecologia.

* FORMAS DE DESOVA

INTRODUÇÃO
Nenhuma classe de animais (répteis, aves, mamíferos ou peixes) apresenta tanta variedade de estratégias de reprodução como a classe dos anfíbios. A maioria das espécies de anfíbios põe ovos, sendo chamadas OVÍPARAS. Mas, há também, espécies cujos sapinhos desenvolvem-se dentro do corpo da mãe, como nos mamíferos. Estas espécies são chamadas VIVÍPARAS. Há, ainda, espécies em que o ovo fica retido no corpo da mãe até o sapinho nascer. Neste caso, são chamadas OVOVIVÍPARAS. Espécies vivíparas e ovovivíparas não dependem de corpos de água (lagoas, poças, riachos, etc.) para se reproduzirem. A seguir, serão apresentadas as estratégias de reprodução das espécies da região norte de Santa Catarina.

ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO DAS ESPÉCIES OVÍPARAS
A forma de reprodução mais comum dessas espécies é a de depositar os ovos na água, utilizando diversas estratégias resultantes de adaptações às condições desfavoráveis do ambiente (mudanças no clima, ação de predadores, etc.), que ocorreram durante milhões de anos no planeta. Outras, no entanto, não depositam os ovos na água, mas fora dela.

DESOVA FORMA PELÍCULA DE GEL

DESOVA FORMA CORDÃO DE GEL

DESOVA FORMA DE ESPUMA

DESOVA EM FOLHAS

DESOVA TRANSPORTADA NAS COSTAS DA MÃE

Depois de fecundados, os ovos são carregados nas costas da fêmea, numa espécie de bolsa e, ao eclodirem, os girinos são depositados na água acumulada nas bromélias. Os girinos saem da bolsa através de uma abertura na parte central. O número de ovos pode chegar a 16. Normalmente, são utilizadas as bromélias que estão fixadas nos pontos mais altos das árvores. O número de ovos não é elevado, se comparado com outras espécies, porque as bromélias, onde os girinos se desenvolvem, proporcionam um ambiente aquático relativamente seguro, sem muitos predadores.



* REPRODUÇÃO

PORQUE OS SAPOS COAXAM?
O objetivo do coaxar é atrair um parceiro para o acasalamento. Somente os machos coaxam - as fêmeas são mudas. Algumas espécies apresentam dois coaxares diferentes: um de propaganda (ou nupcial) para atrair uma fêmea; outro para advertir um macho rival, no caso dele coaxar ou estar muito próximo.

REPRODUÇÃO DOS ANFÍBIOS
• Fecundação - A fecundação da grande maioria dos anfíbios é externa (ocorre fora do corpo da fêmea). Nas aves e mamíferos, por exemplo, a fecundação é interna (ocorre dentro do corpo da fêmea). Durante o acasalamento, o casal fica em posição denominada amplexo, que significa abraço (o macho se posiciona sobre a fêmea, abraçando-a.


A competição por uma fêmea é tão grande em algumas espécies que os machos defendem, com vigor, o território ao seu redor, em um raio de um ou dois metros. Se outro macho invadir esse território e começar a coaxar, o dono do território emite um coaxar de advertência. Se o intruso insistir em permanecer, poderá haver luta corporal pela disputa do território. No caso do Sapo-comum (Bufo ictericus), se uma fêmea passar por perto para caçar suas presas, por exemplo, sem estar no ponto de desova, o macho não desperdiça a oportunidade de abraçá-la (posição de amplexo) e não a soltar mais, até que fique pronta para desovar, o que pode demorar mais de duas semanas.



* ALIMENTAÇÃO

OS SAPOS BEBEM ÁGUA?
Não. Sapos, rãs e pererecas não bebem água. Eles absorvem água através da pele. Algumas espécies, quando têm sede, procuram ficar em contato com as folhas das árvores ou de outras plantas que ficam molhadas pela chuva ou orvalho. Também podem retirar a água do próprio ar úmido das florestas. Abrigar-se no meio das bromélias é uma boa estratégia para manter o corpo sempre hidratado.
Desse modo, os anfíbios podem viver bem longe das lagoas e rios depois que deixam de ser girinos. Você notou como é importante a pele para os sapos e rãs? Ela serve tanto para respirar como para absorver a água que necessitam.



O QUE OS SAPOS COMEM?
Os sapos comem muitos insetos de várias espécies, como: moscas (adultas e larvas), baratas, pernilongos, formigas, pulgões, besouros, lagartas e vagalumes. Além de insetos, comem outros animais invertebrados como aranhas, lesmas e minhocas. Por isso, sapos, rãs e pererecas são amigos dos homens: eles controlam a população de insetos e de outros invertebrados que causam grandes prejuízos para a agricultura e transmitem doenças.



QUAL É O HORÁRIO DAS REFEIÇÕES?
A maioria das espécies caça durante a noite e dorme durante o dia, quando ficam escondidas em lugares bem fresquinhos. Seus olhos enormes servem para facilitar a localização das presas na escuridão da noite.






* BIOLOGIA DOS ANFÍBIOS

O termo anfíbio vem do grego e tem como significado "duas vidas". Um exemplo é o sapo, que nasce como girino, sobrevivendo somente dentro da água, mas que, depois de adulto, perde a cauda e se transforma em um Anuro.

Os anfíbios são animais que se caracterizam por ter duas formas de vida: a fase larval e a fase adulta. Uma larva sem patas, o girino, contendo cauda e brânquias.

Após certo tempo de vida na água, inicia-se uma série de modificações no girino, que prenunciam a fase adulta. A metamorfose consiste na reabsorção da cauda e das brânquias e no desenvolvimento dos pulmões e das quatro patas.


Atualmente são divididos em três grupos: os sapos, rãs e pererecas (Anura), as salamandras (Caudata) e as cecílias (Apoda).

São animais incapazes de manter a temperatura de seu corpo constante por mecanismos externos, por isso são chamados animais de sangue frio ou pecilotérmicos.

A pele fina, rica em vasos sanguíneos e glândulas permite que a utilizem na respiração, absorção de água e defesa.